Instituto Federal Catarinense

Durante o segundo mandato do presidente Lula surge a ideia da criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, buscando assegurar à educação tecnológica um lugar privilegiado nas políticas do seu governo (PACHECO et al, 2010).

Com a Lei Federal 11.892/2008, institui-se a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e criam-se os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, sendo o Instituto Federal Catarinense (IFC) resultado da integração das Escolas Agrotécnicas Federais de Concórdia, de Rio do Sul e de Sombrio, e da vinculação do Colégio Agrícola de Camboriú e do Colégio Agrícola Senador Carlos Gomes, situado no município de Araquari. 

O IFC possui atualmente 15 campi, distribuídos nas cidades de Abelardo Luz, Araquari, Blumenau, Brusque, Camboriú, Concórdia, Fraiburgo, Ibirama, Luzerna, Rio do Sul, Santa Rosa do Sul, São Bento do Sul, São Francisco do Sul, Sombrio e Videira, e a Reitoria, instalada na cidade de Blumenau.

A concepção de educação profissional e tecnológica que subsidia as ações de Ensino, Pesquisa e Extensão nos Institutos Federais baseia-se na integração entre ciência, tecnologia e cultura como dimensões indissociáveis da vida humana e, ao mesmo tempo, no desenvolvimento da capacidade de investigação científica, essencial à construção da autonomia intelectual e participação cidadã. 

No âmbito do sistema federal de ensino, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, vinculada ao Ministério da Educação passou a ser constituída pelos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, Centros Federais de Educação Tecnológica, Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais, Universidade Tecnológica Federal do Paraná e Colégio Pedro II. Para Tavares (2012), estas novas instituições passam a concorrer com as universidades federais na oferta de Ensino Superior público e gratuito, diferenciando-se das universidades ao priorizar a oferta de cursos superiores de licenciatura e cursos de bacharelado e de tecnologia em áreas consideradas estratégicas, do ponto de vista econômico.

O projeto objetivado pela Lei 11.892/2008 teve como intencionalidade inaugurar um caminho inédito na história da educação profissional no Brasil cuja dinâmica das ações e contrastes entre o velho e o novo colocou em conflito o passado e o presente, a intencionalidade que deu origem a EAFRS e a intencionalidade que originou o IFC. Nesse processo evidenciam-se as continuidades, o que prevalece do velho no novo, e emergem também as descontinuidades, a perspectiva do novo transformar o velho e se reconfigurarem as identidades a partir da superação das intencionalidades que deram origem ao velho.

A partir da criação do IFC até o ano de 2019, ao todo foram ofertadas no campus Rio do Sul 5.472 matrículas, sendo: 1.750 na modalidade técnico integrado ao ensino médio, 1.210 em técnico subsequente ao ensino médio, 285 em técnico concomitante ao ensino médio (oferecido em instituição externa/parceria), 130 em técnico concomitante e subsequente ao ensino médio (oferecido em instituição externa/parceria), 2.020 no ensino superior e 77 na pós-graduação.

Em 2020, possui ao todo 200 servidores, sendo 112 docentes e 88 técnicos administrativos em educação. Dos 1.686 estudantes, 502 estão matriculados no ensino médio integrado, 69 no ensino técnico subsequente, 1.100 no ensino superior e 15 na pós-graduação.

É diante deste cenário, que o IFC Rio do Sul apresenta-se composto por três unidades:
Sede (antiga EAFRS), Urbana e Tecnológica.

Referências bibliográficas

  1. BRASIL. Lei nº 11.892 de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11892.htm
  2. PACHECO, E.M.; PEREIRA, L.A.C.; SOBRINHO, M.D. Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: Limites e Possibilidades. Linhas Críticas, Brasília, DF, v. 16, n. 30, p. 71-88, jan./jun. 2010. ISSN 1516-4896 Disponível em http://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/3568/3254
  3. TAVARES, M. G. Evolução da rede federal de educação profissional e Tecnológica: as etapas históricas da educação profissional no Brasil. IX ANPED SUL: Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul, 2012. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/177/103